Capela da Casa Provincial |
Sant'Ana, Mãe de Maria Imaculada |
Pe. Claudi |
Irmãs das diversas Comunidades |
A Festa de Sant'Ana, foi celebrada na Casa Provincial com alegria e fraternidade, com a presença das Irmãs das Comunidades de Recife, com a Assistente Ir. Anna Maria Pinton e com a Provincial Ir. Ana Tereza. A celebração da Eucaristia, foi vivida com fé e oração, e uma homilia muito cheia do Espírito de Deus, proferida pelo Capelão da Casa Provincial. Segue a homilia:
"Aantes de iniciar essa homilia, quero saudar a Assistente Geral Ir. Anna Maria Pinton e nela a toda Familia de Sant'Ana. Hoje, seguindo uma tradição do Oriente, onde os pais eram cumprimentados pelo nascimento de seus filhos, a Igreja saúda com muita devoção e carinho os pais da Virgem Maria, os avós maternos de Jesus, tendo em vista a celebração do nascimento de Maria, que será celebrado no próximo dia 8 de setembro.[1]
A suavidade poética com a qual o Profeta Isaias fala para nós, na primeira leitura, enriquece nosso coração e eleva nossa mente. O anuncio de um simples “ramo” que nascerá do tronco de Jessé, o Pai de Davi, nos leva a mais profunda oração e reconhecimento, de que ao longo da história da salvação, Deus tem dado provas suficientes de sua ternura e misericórdia para com a humanidade.
Quem imagina o broto de uma árvore, sabe de sua fragilidade, de sua pequenez diante dos perigos de ser cortado ou quebrado. A delicada imagem utilizada pelo profeta indica o anuncio de uma frágil criança, que interpretará para toda humanidade a fortaleza amorosa de Javé, anunciando um Deus cheio de compaixão, que visitará seu povo e o elevará a dimensão mais alta, fazendo-o sentir-se profundamente amado e acolhido pelo seu criador.
A alegria do povo da Antiga Aliança tocou o coração de Ana e Joaquim, se estendeu na história da salvação e alcançou também o nosso coração. O menino que nasceu em Belém manifestou a humanidade toda, a começar pelos mais sofredores, pelos excluídos, a concretização das promessas de Deus, anteriormente anunciada pelos profetas. Ele é o Messias e sobre Ele pousou o Espírito de Javé. Esse Espírito é gerador de vida, faz distinguir a vontade do Deus altíssimo, conhece o mais íntimo de cada ser humano e não se encanta com as aparências externas; impulsionado por esse divino Espírito, Jesus tomará o partido dos mais pobres, se aliará aos “sem vós e sem vez”, ficará do lado daqueles que o mundo rejeita e os resgatará colocando-os em lugar de “honra e distinção”; pela ação do Emanuel a justiça brilhará e um mundo novo despontará para toda humanidade. Mas, para que tudo isto aconteça de maneira fecunda em nossa vida é preciso que nos deixemos iluminar pela fé, como fez o nosso Pai Abraão.
A carta aos Hebreus (11, 1-2), declara que foi a fé que “valeu aos antigos seu belo testemunho”. Sem dúvida alguma, sem fé, a história do povo de Deus seria apenas uma narração de acontecimentos do passado; a Celebração Eucarística que agora estamos celebrando, tornar-se-ia uma reunião meramente humana; a nossa vida teria seu fim na sepultura. Essas duas simples letras (f-é) possuem o poder de nos elevar acima de nós mesmos; une-nos a um povo, nos faz acreditar que a história é conduzida por Deus e está repleta de sua presença; faz com que esse nosso encontro litúrgico, repleto de símbolos e ritos, nos associe ao banquete da vida, fazendo-nos experimentar com largueza a presença de Jesus, o Pão da Vida; através da fé, os nossos gestos de caridade atualizam a presença do Filho de Deus em nós e entre nós; a luz fé a morte torna-se a realidade mais íntima e suave, pela qual Deus nos insere definitivamente em sua casa. Através da Fé podemos cantar as maravilhas de Deus na pessoa de Santa Ana e São Joaquim.
As bem-aventuranças dos referidos santos, em unidade com a Virgem Maria, estimulam nossa vida cristã e nos animam como caminheiros que marcham para a eternidade.
Nesta solenidade, nos associamos de maneira carinhosa à família religiosa das Filhas e Filhos de Santana. A respeito da vida religiosa, o sagrado Concílio Ecumênico Vaticano II (1962-19650), proclamou: “A vida religiosa, na medida em que liberta os seus seguidores das preocupações terrenas, proclama a presença, já neste mundo, dos bens celestiais para todos os fiéis, dá testemunho da vida nova e eterna [...]. A vida religiosa imita e representa para sempre na Igreja, de maneira mais direta, a forma de vida adotada pelo Filho de Deus quando veio ao mundo [...]. Manifesta, de maneira toda especial, as supremas exigências do Reino de Deus, que está acima de todas as coisas terrestres”.[2]
Unidos as Filhas e Filhos de Santana, deixemo-nos guiar pela força do Santo Evangelho. Que os nossos olhos se abram para enxergar com maior clareza as necessidades dos mais pobres, dos marginalizados, dos doentes, dos crucificados do nosso tempo. Que nossos ouvidos se abram para ouvir os clamores dos sofredores, os gemidos daqueles que são feridos em sua dignidade, o grito dos injustiçados, o soluçar das crianças carentes e abandonadas, que nas noites frias e nos dias desoladores, definham por falta de um colo materno.
Por fim, peçamos ao Espírito Santo que nos ajude a fazer a vontade de Deus, Ele que ornou o lar de Joaquim e Ana com a excelsa presença de Maria Imaculada e fez nascer do coração de Madre Rosa essa luminosa família religiosa.
Pela intercessão de Sant’Ana e São Joaquim, Deus nos conceda um coração cheio de sabedoria, a fim de que possamos responder com generosidade os apelos de Deus, no hoje da nossa existência. Amém
Pe. Claudi Gonçalves da Silva
Capelão na Casa Provincial das Filhas de Sant’Ana
[1]Cf. MISSAL COTIDIANO. Missal da assembléia cristã. São Paulo: Paulus, 1989.
[2] LUMEN GENTIUM, Apud VATICANO II. Mensagens, discursos, documentos. Tradução Francisco Catão. – São Paulo: Paulinas, 1998.
Ao final da missa, o Pe. Claudi incensou a imagem e proferiu a benção, simbolizando assim o encerramento dos festejos em honra de Sant'Ana, Mãe de Maria Imaculada. Também a Ir. Anna Maria Pinton, saudou toda a comunidade presente na Celebração e agradeceu a Deus a possibilidade de estar no Brasil nesse grande dia.
Após a Missa, as Irmãs presente, junto a alguns de nossos familiares e amigos, nos confraternizamos, partilhando o café da manhã, rico de fraternidade, alegria e espírito de família.
Irmãs e amigos no refeitório |
Assistente Ir. Anna Maria, Provincial Ir Ana Tereza, Pe. Claudi e Frei Paulo |
Ir. Vanda Delegada da Angola, Ir. Elena Navarro(Roma) e familiar |
Ir. Socorro, Ir. Euridice, Ir. Zeze, Ir. Candelária, Ir. Graça |
Após a Missa, as Irmãs presente, junto a alguns de nossos familiares e amigos, nos confraternizamos, partilhando o café da manhã, rico de fraternidade, alegria e espírito de família.
A todos que estiveram conosno nessa bela festa, muito obrigada. Que Sant'Ana, abençõe a todos.
Ir. Sandra Leal, fsa
Ir. Sandra Leal, fsa
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